quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

QUEM PODE EVITAR A VELHICE, A NÃO SER A MORTE?

 


 

Mário Querino 28/12/2022

Está findando o ano,

Hoje já são 28 do mês

De dezembro, e todos

Estão ansiando, talvez,

 

Um ano bem melhor

Do que o ano de 2022.

Contudo, para mim,

Este ano sempre foi,

 

É e será até o seu fim,

Maravilhoso na Terra,

Sobretudo no Distrito,

Meu bom pé de serra.

 

Ora, eu não achei não,

Nenhuma dificuldade.

Sempre trabalhei com

Fé, amor, boa vontade

 

E bom vigor também.

Ora, com deliberação,

Jamais terá algo ruim

Para tirar a satisfação.

 

Francamente, só uma

Causa me fez pensar,

Porém, jamais poderia

Essa causa eu evitar.

 

Alguém pode indagar:

“Qual foi a causa que

Você tentou impedir

E não pôde vencer?”

 

Resolvi tirar a barba,

Cortar o meu cabelo,

Vestir sim roupa nova,

Usar sapato de modelo

 

Moderno, pus óculos

Pra mudar a aparência,

E por fim, fiz de tudo

E a minha consciência

 

Continuou sim velha,

Dentro dos princípios

Dos meus ancestrais,

Que eu vi no Distrito

 

Intitulado Bananeiras.

Então a única causa

Que pôde tirar o gozo,

A minha paz ou calma

 

Foi querer ser mais

Jovem, e meu tempo

Não permitiu não,

E o contentamento

 

Teve que aceitar eu

Mais velho um pouco,

E se me meter a besta,

Eu vou ficar é louco,

 

E não mais novo não.

Quem quiser ficar,

Que fique, porém, eu

Velho vou lhe achar,

 

Porque já sou cônscio

Que ninguém para

O seu tempo não,

As rugas virão à cara,

 

Os cabelos brancos

Aparecerão na cabeça,

E se tentar evitá-los,

Faz o papel de besta.

 

Porque o suor tira sim

A máscara do rosto,

A chuva lava a cabeça

E a velhice com gosto

 

Já abrolha na sua vida.

Então, fiz um estudo

Sobre essa causa que

Hoje acho um absurdo,

 

Porque eu não deveria

Pensar nisso na vida,

Não serei mais novo

Ao lado de D. Marisa.

 

Por mais que estique

A minha pele aqui,

Por mais que eu tinja

Os cabelos, vou fingir

 

Que sou um cara novo,

Quer dizer, retocado

Com alvitres artificiais

Que deixa camuflado.

 

Mário Querino – Poeta de Deus

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