sábado, 6 de maio de 2023

COMO É BOM VOLTAR AO PASSADO, SÓ POR CURIOSIDADE!

 


 

Mário Querino & Gilberto Alves 06/05/2023

Eu por curiosidade,

Voltei ao passado

E vi sim, mãe Dedé

Ditosa ao meu lado

 

Ensinando contas

De multiplicar, dividir

E somar, e ensinou

Também de diminuir.

 

Ora, eu tinha 7 anos

De idade no tempo

Em que eu tive sim

Bom contentamento,

 

Era o meu primeiro

Ano de Escola sim.

Eu todo empolgado,

Lia o ABC até o fim.

 

Daí então, mãe Dedé

Pegou uma folha sim

De papel, furou um

Buraco e disse a mim:

 

“Saberei se você sabe

Mesmo o alfabeto.”

Então me mostrou

Uma letra, e o resto

 

Oculto para eu não

Ver, pois mãe Dedé

Achava sim, que eu

Só sabia ler do A até

 

Ao Z, claro, decorado.

Então, ela empurrava

O papel e outra letra

Surgia. Ela indagava:

 

“Zinho, que letra é

Esta?” Eu dizia: mê!

De novo ela indagava:

“Um mê de quê?”

 

Eu dizia: mê de mãe!

Daí mãe afirmava:

“Você está sabendo.”

Então eu guardava

 

O meu ABC, e ia sim,

Brincar no quintal

Com chifres de boi

Dentro de um curral

 

Feito com pedaços

De pau sim, enfiados

No chão do quintal,

Até eu ficar abusado.

 

Eu também me vi

Vestido numa roupa

De D. Pedro I sim,

Foi uma coisa louca,

 

Eu com uma espada

Na mão, desfilando

Na frente de colegas

No cantinho baiano

 

Titulado Bananeiras,

Onde eu nasci, cresci

E estou vivendo sim,

Até agora aqui.

 

Nessa era eu tinha

12 anos de idade,

Fiz ação de D. Pedro I

Com muita seriedade.

 

Aos 18 anos de idade,

Fiz papel de São José

No Templo Católico,

Pois Jesus de Nazaré

 

Completava anos sim.

Aos 20 anos de idade,

Encontrei Maria José

Com muita felicidade,

 

E fiquei apaixonado

Ou ela me apaixonou,

Que até agora, vive

Esse profundo amor.

 

Aos 26 anos de idade  

Casei-me com Maria

José, tempo em que

Os sogros faziam

 

Uma grande festa,

Por ter a expectativa

De o casamento ser

Para toda uma vida.

 

Daí deixei o passado

E voltei ao presente,

Onde estou sozinho,

Mas virá sorridente

 

D. Maria José Galvão

Intitulada D. Marisa,

Para eu ficar ditoso

E bem com a vida.

 

Mário Querino – Poeta de Deus  

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