domingo, 21 de maio de 2023

SOGRO DO POETA MÁRIO QUERINO VISITOU A CHÁCARA SANTA MARIA

 


 

Mário Querino e Sr. Pedro Cearense 21/05/2023

Ora, eu dialogando sim,

Com um senhor de 80

Anos de idade, já pude

Entender o que pensa

 

O ser humano de hoje

Em dia. Pois o senhor

Que teve uma infância

Na era em que o labor

 

Era sim o meio básico

Para se adquirir o pão

De cada dia, e a gente

Entre suor e satisfação

 

Ganhar sim o dinheiro

Com honestidade até

Debaixo de sol e chuva

Para não perder a fé,

 

Moral, caráter e a ética.

Então o senhor relatou

Um caso muito aberto

Que em mim já tocou.

 

Ora, ele me falou sim:

“Quando eu completei

12 anos de vida, recebi

Um dinheiro e comprei

 

O primeiro sapato. Ora

Quando calcei, eu achei

A coisa mais linda sim,

Nos pés. Daí eu andei

 

Feito bobo, só olhando

Para os meus pés sim,

Cada passo, a emoção

Crescia dentro de mim.

 

Ora, o senhor relatou

Muitas coisas da vida

Que teve na infância,

Mocidade e até da lida

 

Com 80 anos de idade.

O senhor não sabe ler,

Escrever nem falar bem

O Português, por ser

 

Uma pessoa que não

Frequentou Escola.

Porém, entre trabalho

Árduo, já tem agora

 

Uma vida equilibrada,

Já tem uma roça boa

E muitos conselhos

Para essas pessoas

 

Que vivem sem visão

Da existência nubente.

Ele também comentou

Que ralava contente,

 

Mesmo comendo farinha

Com cebola, por não

Poder comprar a carne,

E enfrentava o baião

 

(Como dizia mãe Dedé)

Das 6:00h até as 17:00h.

Era forçado lidar para não

Ser mandado embora.

 

Quando vinha o tempo

De seca, era obrigado

Deixar a sua terra natal,

Mulher e filhos amados.

 

Ora, a mulher tinha que

Caçar licuri sim, dentro

Do mato para comprar

Algo. Era um sofrimento,

 

Mas não havia tantos

Roubos como agora há.”

Ora, eu também calcei

Um sapato pra marchar,

 

Nessa época eu já tinha

Sim, 12 anos de idade.

Porque fui olhado para

Fazer na Comunidade

 

A função de D. Pedro I.

Meu pai Antônio Pereira,

Foi à cidade de Bonfim,

Porque em Bananeiras

 

Não há loja de calçados.

Então, o senhor de 80

Anos de idade, agora,

Ditoso da vida já tenta

 

Aconselhar aos jovens,

Pra que eles não visem

Somente o presente,

Pois tudo já está livre,

 

Porém no futuro, pode

Tudo isso que é jogado

Fora sem necessidade,

Faltar e ser obrigado

 

Trabalhar já sem poder.

Porque é melhor o fim

Da vida do que o início,

Já penso também assim.

 

Ora, se eu fosse redigir

Tudo que o senhor de 80

Anos de idade me falou,

O computador não aguenta.

 

Então, é melhor eu ficar

Por aqui, porque ainda eu

Preciso redigir algo mais

Se quiser o Senhor Deus.

 

Mário Querino – Poeta de Deus       

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