quarta-feira, 6 de junho de 2018

NUNCA USE ALGO PARA VOCÊ VER, MAS QUE OS OUTROS VEJAM

Poeta Mário Querino 06/06/2018



Eu estava em casa sim,
Meio-dia com satisfação,
Após fui comprar algo
No Mercado SuprGalvão.


Como estava descalço
Ao lado de D. Maria José,
Saí apreçado e enfiando
Sem perceber o meu pé


Dentro de uma sandália
Cor-de-rosa, vestido
Numa calça bem suja,
Botões da camisa invertidos,


De fato, todo esquisito.
Andei pelas ruas assim,
E entrei feliz no mercado,
E uns caçoando de mim.


Eu não estava me vendo,
Com sandália cor-de-rosa,
Calça suja e camisa assim,
Abotoada fora de moda.


Como não tinha tempo
De olhar para mim,
Uns me olhavam rindo.
E eu me inquiria assim:


O que é que esse povo
Vê na minha pessoa?
Mas como têm amigos
Que avisam numa boa,


Olhou para mim e disse:
“Que negócio é esse, ó cara,
Aonde achou essa moda?
Estou vendo agora, é rara


No Distrito de Bananeiras.”
Então eu inqueri ao amigo:
Que moda, ó cara?
Ainda não tinha percebido


Que eu estava atrapalhado.
Quando o amigo mostrou
Tudo, tintim por tintim,
Recebi ideias do Senhor:


D. Maria José não lavou
Minha calça porque está
Garoando neste Distrito,
Com o peso do celular

No bolso da camisa, fez
Então eu abotoar assim,
As sandálias que estavam
Juntas, uma usou sim,


O meu descuidado pé
Sem eu então perceber.
Mas entre essa loucura,
Quero a todos esclarecer


Que, quando eu cheguei  
Em casa, me endireitei,
Tomei o banho especial,
Num terno me enfiei


Um sapato bom calcei,
E já mostro aos jocosos,
O que redigi poeticamente
Para todos os povos...


Mário Querino – Poeta de Deus   

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