segunda-feira, 8 de junho de 2015

DEVEMOS PREGAR O EVANGELHO POR FÉ E NÃO POR ALTO SALÁRIO

Poeta Mário Querino 08/06/2015


Num pequeno Povoado
Havia um pobre homem,
Seu nome era badalado,
Era um admirável nome.

Achavam quase perfeito,
Sempre buscava a justiça,
Fazia o certo e bem-feito,
E sua palavra era bendita.

Gostava de fazer caridade,
Usava recursos numa boa
Sem nenhuma dificuldade,
Não vivia longe das pessoas,

E para todos do Povoado
Era visto como santo.
Gostavam de tê-lo ao lado,
Pois tudo era um encanto.

Claro, alguém ousou dizer
Que ele seria canonizado,
De fato, depois de morrer.
O homem ficou definhado,

Assim pôde lhe responder:
“Pelo que eu sou, penso,
Falo e cometo, esse poder
À partir de agora dispenso.

Tudo que sou, penso, falo
E pratico no mundo é ação
Que ficará na Terra, claro,
Mas Deus sonda o coração.

Será que durante 50 anos
Que vivo neste Planeta,
Nada ilícito fiquei falando?
Tira isso da tua cabeça!

Se não fosse pela graça
Abundosa de Jesus Cristo,
Que sempre o povo acha,
É óbvio, eu estaria frito.

O que faço não é pra subir
E ficar olhando a desgraça
De muitos amigos aqui
Sem aparo e sem graça.

Mas pra deixar as pessoas
Contentes e felizes da vida.
Fazer isso é uma ação boa
Para os amigos e amigas.

Quando alguém usa recurso
Vindo de uma Comunidade,
Não faz de próprio pulso.
Então a sua boa vontade

Leva-lhe a usufruir de tudo.
Por incrível que pareça,
Ninguém fica anos no estudo
Caro e quebrando a cabeça,

Após pegar sua propriedade
E doar para os pobres.
Mas recarda da Comunidade,
Assim, todos fazer podem.

Basta ter a boa disposição
E tocar seu barco pra frente.
Então uma canonização
Cabe a toda essa boa gente

Que tem mantido com amor
E fé uma Entidade de Jesus,
Digo, em nome do Senhor.
No caso, todos levam a cruz

E só um receberá o mérito,
Todos ajudaram esta Obra
Que no mundo faz sucesso
E a boa fama só um goza.”

Então alguém comentou:
“É isso mesmo meu amigo,
Na obra de nosso Senhor,
Todos já têm contribuído

E somente um vai receber
A canonização pelo chefe.
Mas será que Deus não ver
Que os demais merecem?

No meu ponto de vista,
O Pregador do Evangelho,
Deveria ter ocupação lícita
Para manter o seu império.

Anunciar a Palavra na hora
Em que estiver disponível.
Mas pelo que eu vejo agora,
Ganha um alto salário livre

De tudo que aqui precisa.
Nada é além da obrigação,
Se ganha recursos na vida
Mais de quem tem profissão.

Agora todo mundo já quer
Ser Pregador do Evangelho,
Não por ter a tamanha fé,
Mas por ser rico o Ministério.

Jesus disse que deve comer,
Beber sem perguntar nada.
Hoje o Pregador quer saber
Se há água mineral e gelada,

Se tem Hotel de 5 Estrelas,
Se há carro novo e blindado,
Se há Segurança de primeira
Para lhe deixar guardado

Onde já pretende anunciar
O Evangelho de Jesus Cristo.
E se alguém lhe informar
Que não existe nada disso,

O Pregador não aparece lá,
Porque ele não prega por fé,
Receia e não quer se mostrar.
Isso é contra Jesus de Nazaré.”


Mário Querino – Poeta de Deus  

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