quinta-feira, 30 de março de 2017

NÃO ERA TEMPO DE BUSCAR ÁGUA SOB O SOLO

Rio Aipim - Local conhecido como Rio da Passagem - Distrito de Bananeiras 30/03/2017


Eu fazendo comparação
Sobre algo importante,
Descobri neste sertão
Como um observante,


Que nosso rio e riachos
Estão ficando secos,
Perdendo o seu espaço
E também o seu direito


De correrem nesta terra,
Por causa das pessoas.
Então neste pé de serra
Tem lençol de água boa


E esse lençol esta sendo
Invadido, ora, perfurado
E ninguém está vendo
Que isso é algo errado.


Sabendo que o nosso rio
Nasce no alto da serra,
E desce com muito brio,
Os riachos de nossa terra


Também nascem no alto
E descem cortando sim
Todo o nosso espaço
Dando água boa assim.


Então formei um lençol
D’água para eu fazer
A experiência em prol
Desta poesia para você.


Enchi uma lata de água
E furei uns buracos,
Os pequenos simulavam
Os nossos bons riachos


E um grande o nosso rio.
Até aí tudo estava bem,
Todos fluíam com brio
Fazendo trilhas também.


Após furei mais em baixo
Outros buraquinhos,
Que fluíam bem, de fato,
Os altos ficaram fraquinhos


A ponto de não fluírem.
Assim sucede no Distrito,
De tanto invadirem
O lençol d’água vejo isso:


O rio seco e os riachos
Também já secando.
O povo acha de fato,
Que está prosperando


Mas não vê tudo isso
Que está causando
Neste pobre Distrito,
Meu cantinho baiano.


Como há vários poços
Artesianos neste espaço,
Com convicção posso
Falar que o rio e riachos


Estão se acabando sim
Por causa da perfuração
Que acontece assim
Sem freio ou limitação.


Se a água nascer no alto
E sempre acontecer
Sangrias no lugar baixo,
O que poderá suceder?


Claro, vai perder a força
De jorrar na parte alta.
A Tecnologia está louca
E fazendo tudo isso acha


Que é bom resultado.
Porém, não vê que o rio
E riachos são danificados
E estão perdendo o brio.


Mário Querino – Poeta de Deus 

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