domingo, 12 de junho de 2011

GENEALOGIA

Poeta - Mário Querino

Agora começo a história
Dos meus antepassados,
Apesar de ser uma memória
Que tenho guardado.

Então Raimundo Pereira,
Filho de um senhor cearense,
Deslocou-se para Bananeiras
Um pouco inocente

Sobre esta terra tão boa.
Raimundo casou-se com Antônia,
Uma ótima pessoa,
Uma companheira idônea

Que também veio do Ceará.
Então Raimundo Pereira
Começou a trabalhar
Nas terras de Bananeiras.

Constituiu uma família
Com seis filhinhos,
Que foi uma maravilha
Naquele lar tão pobrezinho.

Depois de alguns anos de casado
Sua querida companheira morreu,
Raimundo ficou desassossegado
E novamente se casar resolveu

E constituiu uma nova família.
Então, Antônio Pereira,
Na hora da partilha
Preferiu ficar em Bananeiras.

Depois de alguns anos
Raimundo Pereira
Morreu neste cantinho baiano,
Chamado Bananeiras.

Hoje já faz muito tempo
Que Raimundo se foi,
Só trago no pensamento
Hoje, amanhã e depois.

Eu falei sobre meu avô,
Mas gostaria de falar mais,
Como agora eu vou
Falar sobre meu pai.

Então, Antônio Pereira
Ficou sem mãe aos doze anos,
Vive em Bananeiras
Cantinho baiano.

Antônio passou a morar
Com a sua avó Joaquina,
Quando seu pai veio casar
Com outra menina.

Menina quer dizer,
Meu modo de tratar.
Antônio tinha muito que sofrer
Até ficar bom de se casar.

Apesar de Antônio ser pobre,
Gostou de uma moça bonita
De família nobre,
Parece amor de primeira vista.

Gildete Querino, a namorada
De Antônio Pereira,
Era muito delicada
E seu pai era de Bananeiras

De família mais ou menos,
Mas Antônio Pereira
Era trabalhador, disso entendo,
Trabalhava de tal maneira

Que o sogro se agradou.
Então, Antônio foi à frente
E com Gildete se casou,
Trabalhando constantemente

Conseguiu realizar os sonhos.
Hoje, Antônio está idoso,
Talvez não se lembre do matrimônio
Que foi tão dificultoso.

Gildete teve treze filhinhos,
Dois foram morar com o Divino,
Os outros estão crescidinhos
Cumprindo o destino.

Antônio está muito feliz
Vendo seus filhos crescidos,
Escrever esta história eu quis
Para lembrar-se do ente querido.

Depois de muito tempo de casado,
Antônio Pereira ficou viúvo.
Mas está sendo bem rodeado
E tem de quase tudo.

Embora, alguns filhos seus
Moram muito distantes
Mas quem permaneceu
Está vendo todo instante.

Obviamente, Antônio Pereira
Jamais vai deixar o lugar seu,
Sua querida Bananeiras,
Terra onde nasceu e cresceu

E constituiu a sua família.
Bananeiras está feliz da vida,
E Antônio Pereira segue a trilha,
Mesmo longe de sua querida.

Mário Querino – Poeta de Deus

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