segunda-feira, 25 de julho de 2011

NEM TUDO CONVÉM FAZER

Poeta - Mário Querino


Hoje é segunda-feira,
Primeiro dia de trabalho,
Sempre em Bananeiras,
Procuro um bom atalho.

Embora, seja pequena
A minha Comunidade.
Todavia, você entenda
Que eu busco a realidade.

Trezentos metros, longe
De nossa simples casa,
Com razão se esconde
A saudade já esperada

Dentro do meu coração.
Eu gasto cinco minutos
Para rever a minha paixão,
Contudo, é um percurso

Que me deixa ansioso.
Porque não queria perder
Esse tempo tão gostoso
Que tenho para viver

Ao lado de Maria,
Os cinquenta anos vêm.
Daqui mais uns dias,
Aliás, ainda tem

Oito meses para chegar,
Mas pelo que estou vendo
Isso não vai demorar,
Pois o tempo está correndo.

Embora, eu ache custoso,
Pois um minuto para mim
É tempo precioso
Como ninguém acha assim.

Eu tenho uma convicção
Que minha vida passará,
A Terra ficará na solidão
Esperando um dia eu voltar.

E quem sabe se eu voltarei
Ou tomarei outro destino!
O tempo eu aproveitarei,
Não é besta o Mário Querino,

Para esperar 4,56 bilhões
De anos para nascer,
E por causa de ilusões
Tanto tempo perder.

Posso morrer até agora,
Porém, fazendo algo mais,
Não ocupando a memória
Com coisa que não satisfaz.

Aliás, tudo é permitido,
Mas nem tudo convém fazer.
Tempo eu já tenho perdido,
Agora, jamais quero perder.

Por isso é muito tempo
4 horas longe de Maria.
Ainda bem, o pensamento
Tem paciência e harmonia.

Mário Querino – Poeta de Deus

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