segunda-feira, 10 de outubro de 2011

A MINHA TERNA NAMORADA

Maria José - Esposa do Poeta Mário Querino


Ela cuida da cozinha
E deixa bem arrumada,
Ela é a querida minha,
A minha terna namorada.


Ela tem um jeito feliz
Que me deixa apaixonado,
Tê-la eu sempre quis,
Mas vivo assim distanciado.


Agora a vejo na cozinha
Ao lado do gato Baldinho,
Aumenta a saudade minha
Ao me senti aqui sozinho.


Vejo sua blusa amarelada
E sua saia bem preta,
Ela cuida bem animada
Com mil coisas na cabeça.


Será que estou entre essas
Ou é apenas uma ilusão?
Ela sabe bem que o Poeta
Está morrendo de paixão.


Ela deve estar pensando
Onde agora eu estou,
Não sei se está chorando
Com a falta deste amor.


Só tem as paredes amigas,
Um pouco alaranjadas,
Abre o armário, pensativa,
Talvez triste e apaixonada.


Mil coisas em seu coração,
Cuidando ali sozinha,
Prepara arroz e feijão
Esperando a volta minha.


Assim passa o seu dia
Com a dor no coração,
O Poeta escreve poesias
E ela pensa no fogão.


Daí o anoitecer aparece
E eu e ela ficamos juntos,
Acessando a Internet,
Buscando novos assuntos.


Partilhando com amigos
O nosso terno amor,
Depois somos envolvidos
Com o sono que chegou.


Vamos dormir com gosto,
E pensando no amanhecer,
De um lado para o outro
Até então nos adormecer.


Mário Querino – Poeta de Deus

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